domingo, 5 de agosto de 2012

DEFICIÊNCIAS






"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições  de outras pessoas ou da sociedade em que vive.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem   olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.


E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.


"A amizade é um amor que nunca morre".


Mário Quintana
(escritor gaúcho * 30/07/1906 - + 05/05/1994)

sábado, 4 de agosto de 2012

NECESSIDADES SEXUAIS DOS HOMENS E DAS MULHERES.



Nunca havia entendido porque as necessidades sexuais dos homens e das mulheres são tão diferentes. Nunca tinha entendido isso de 'Marte e Vênus'.
E nunca tinha entendido porque os homens pensam com a cabeça e as mulheres com o coração.
Uma noite, minha mulher e eu estávamos indo para a cama.
Bom, começamos a ficar a vontade, fazer carinhos, provocações, o maior 'T' e nesse momento, ela parou e me disse:



- Acho que agora não quero, só quero que você me abrace...
Eu falei:

- O QUEEEEEEEEEEEEEEEEÊ???
Ela falou:
- Você não sabe se conectar com as minhas necessidades emocionais como mulher.


Comecei a pensar no que podia ter falhado. No final, assumi que aquela noite não ia rolar nada, virei e dormi. No dia seguinte, fomos ao shopping.
Entramos em uma grande loja de departamentos... Fui dar uma volta enquanto ela experimentava três modelitos caríssimos. Como não podia decidir por um ou outro, falei para comprar os três.



Então, ela me falou que precisava de uns sapatos que combinassem a R$ 200,00 cada par. Respondi que tudo bem. Depois fomos à seção de joalheria, onde escolheu uns brincos de diamantes. Estava tão emocionada!! Deveria estar pensando que fiquei louco. Acho até que estava me testando quando pediu uma raquete de tênis, porque nem tênis ela joga. Acredito que acabei com seus esquemas e paradigmas quando falei que sim. Ela estava quase excitada sexualmente depois de tudo isso. Vocês tinham que ver a carinha dela, toda feliz!
Quando ela falou:
- Vamos passar no caixa para pagar, amor?

Daí eu disse:
- Acho que agora não quero mais comprar tudo isso, meu bem... Só quero que você me abrace!!!


Ela ficou pálida. No momento em que começou a ficar com cara de querer me matar, falei:
- Você não sabe se conectar com as minhas necessidades financeiras de homem.



Vinguei-me... mas acredito que o sexo acabou para mim até o Natal de 2012.

 (Luiz Fernando Veríssimo)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O VALOR DA TOLERÂNCIA





Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar.
E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.
Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, lingüiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai.
Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato.
Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada.
E eu nunca esquecerei o que ele disse: "Adorei a torrada queimada..."
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.
Ele me envolveu em seus braços e me disse:
"Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada...
Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. 
A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas.
E eu tambem não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.
Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir as falhas do outro.
Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando. 
Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. 
Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. 
Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar. 
A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apóia, eu e ela nos completamos.
Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes."
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.
Então filho, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, a você e ao próximo.